sábado, 18 de fevereiro de 2012

Por dentro da lenda: Moby Dick

Muitos já leram (ou pelo menos já ouviram falar) da história de um cachalote enfurecido que afundava todos os baleeiros que tentavam matá-lo.  O livro foi lançado em Londres em 1851 e foi durante criticado. Na trama Moby Dick é um cachalote macho, deformado e carregava consigo diversas marcas de confrontos anteriores em seu corpo mutilado.

O que poucos sabem é que esse livro é baseado em uma história real, onde um cachalote afundou um baleeiro em 1823. Quer conhecer um pouco dessa história que várias pitadas de terror...?
Restos do navio afundado em 1823.


1. O baleeiro Essex deixou o porto de Nantucket, na costa de Massachusetts (EUA), em 1819, para uma expedição de caça no Pacífico Sul. Com 27 metros de comprimento e 238 toneladas, levava a bordo 20 marujos.
2. Em novembro de 1820, um ano após a partida, os marinheiros avistaram um grupo de baleias e já foram lançando seus arpões. Entre elas, estava um enorme cachalote de 26 metros e 80 toneladas. Com a cabeça cheia de cicatrizes, ele parecia não temer os caçadores.
3. E não temia mesmo. Subitamente, o cetáceo sacudiu a cauda e nadou na direção do Essex, atingindo-o brutalmente na lateral. O barco balançou como se tivesse batido numa rocha, derrubando todos no chão.
4. Após o primeiro choque, o cachalote enfurecido se distanciou uns 600 metros e mirou a embarcação de novo, espancando a água com a cauda. O animal então partiu como um míssil na direção do barco e deu o baque fatal. O Essex rachou e começou a afundar. A baleia desvencilhou-se das tábuas estraçalhadas e nadou para longe, sem nunca mais ser vista.
5. Apavorados, os 21 homens embarcaram em três botes levando 65 galões de água e 100 quilos de biscoitos. Um mês depois, chegaram a uma ilha deserta, mas, pensando que não durariam muito ali, partiram em dois botes para tentar chegar à América do Sul. Três homens decidiram ficar.
6. Os botes logo se perderam um do outro. No barco do capitão Pollard, os homens já padeciam de diarreia, desmaios e feridas por causa da dieta ruim. Sem água, eles passaram a beber o próprio xixi. Então, os mais fracos começaram a morrer. Os primeiros corpos foram jogados no mar, conforme a tradição naval.
7. Porém, quando o rango acabou de vez, os náufragos se desesperaram. Para não morrer de fome, decidiram praticar canibalismo, se alimentando dos próprios companheiros mortos. Primeiro, cortavam a cabeça e, em seguida, devoravam o coração e o fígado.
8. Algumas semanas se passaram e, como não houve mais baixas, os desesperados resolveram tomar uma decisão ainda mais extrema: tirar na sorte quem seria sacrificado para alimentar o grupo. 
9. Finalmente, três meses após o ataque do cachalote, o bote do capitão Pollard foi resgatado por um barco. A essa altura, de tão desorientados, ele e o outro sobrevivente nem notaram a aproximação da embarcação salvadora - estavam roendo os ossos de um colega morto.
• Dos 21 marujos, só oito sobreviveram: dois do bote do capitão, três do outro bote e três salvos da ilha. Dos 13 mortos, sete foram devorados pelos companheiros.

Texto extraído da Revista Mundo Estranho

1 comentários:

Unknown disse...

Eu estou no amor com a história. Moby Dick é épica, uma história que ilustra grandes cenas, preocupações filosóficas e dualidade que encontra-se em todas as criaturas. A história da grande baleia branca, é um magnífico dramatização do espírito humano em um cenário de natureza primitiva. Actualmente encontro-me ler este clássico, tomar algumas páginas e ele realmente está me cativar. Eu só vi o filme No Coração do Mar do Ron Howard é, e é um espetáculo visual bastante interessante que recebe cenas específicas com força suficiente. Uma grande história, grandes performances, grandes efeitos especiais e cenas de ação enérgicos, mas talvez o script é um pouco dispersos querendo cobrir muitos tópicos, a mensagem final não deixa de ser claro e não consegue mover como deveria.

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