Fatos e Lendas: Os templários e o sistema bancário

      Volto mais uma vez com um post na sessão Fatos e Lendas. O assunto de hoje é uma das maiores invenções da era medieval: os bancos. Está bem, está bem. Reconheço que os únicos felizes atualmente com os bancos são os próprios banqueiros (Só o banco do Sílvio Santos foi vendido por R$ 450 milhões) e aqueles que ganham rios de dinheiro em aplicações milionárias (só a Igreja Católica tem aplicações bancárias que equivalem a 8 bilhões de doláres). Nós, míseros mortais, não ganhamos nada e ainda pagamos as mais diversas taxas para a manutenção da conta. Mas agora imagine que os bancos não existissem. Onde você guardaria suas economias? Quando seu patrão te pagasse, você morreria de medo de andar pela rua e ser assaltado. Se um ladrão roubasse a sua casa, você poderia perder de uma só vez as economias da sua vida inteira. Era essa a realidade na era medieval. Os comerciantes também sofriam grandes riscos de serem assaltados enquanto andavam nas estradas do reino feudal. Parece dureza, não é? 

      Pois bem, caros leitores, como resolver este problema? Como manter sua pequena fortuna longe do olhar invejoso do seu vizinho? Os templários foram os pioneiros em criar um sistema bancário internacional de sucesso e a lucrar muito com isso. Como a Ordem dos Templários possuía milhares de terras com castelos fortificados e bem guardados, os templários se ofereciam para guardar os pertences de qualquer nobre ou comerciante por uma pequena taxa de manutenção. Como os templários gozavam da imagem de "Heróis do Cristianismo" e da sua correta conduta e ética, conseguiram a confiança de diversos reis e nobres que confiaram suas fortunas aos templários.

      O banco templário ainda oferecia mais dois importantes serviços. O primeiro era o empréstimo de ouro (que devia ser devolvido com juros caso você quisesse manter a cabeça grudada no pescoço). O segundo era uma carta de crédito para comerciantes e peregrinos. Essas pessoas podiam trocar seu suado dinheiro por uma carta de crédito nominal (feita com um código complexo e secreto) que podia ser trocada pelo mesmo valor em dinheiro em qualquer posto templário (por uma pequena taxa, não se esqueça). Ah, sim. Se você falsificasse a carta e tentasse lucrar com o suado dinheirinho dos templários, sua pena seria a morte (ou pelo menos uma mão decepada).

    Esse sistema foi tão eficiente que a Ordem dos Templários pode ser considerada a primeira multinacional de sucesso do mundo. Graças a essa riqueza acumulada de reinos inteiros atiçou a cobiça de um rei e um papa, que culminou com a queda da ordem em uma história de conspiração para Dan Brown nenhum colocar defeito. Mas isso é um outro tema para Fatos e Lendas. Um grande abraço e até a próxima.